Coroas, coronas, ...
- Professor Seráfico
- 21 de jul. de 2021
- 1 min de leitura
Então
um ser não-sendo
tornou-o esquecido
desdenhado qual sapato
velho
amarelada a festa
colorida
a vida o sangue
do mais rubro
vermelho
Sequer a manjedoura
pobre digna
onde mirra incenso
ouro sempre cortejado
compensam a perda
deserto a que
nenhum está
infenso
Sem os espinhos
de más coroas
ornamento
de triste safra
verdade sacrificada
não é mais de
nascimento que
se trata
no tempo ingrato
em que quase
tudo falta
desde o bom
senso
a dor que só
maltrata
renascer
em meio às cinzas
diluentes de toda fé
em vil bravata
na coroa
sem espinhos resistentes
pior o padecimento
em vez de festa
dissolveu-se
a alegria em sofrimento
só nos resta
desolado esquecimento
o que não presta e
sempre nos afasta
02.12.2020
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