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Brasil pandêmico

Seriam peixes carnes ou apenas

vidas

abatidas em convescotes

animados

Nero em deleite

Roma ardendo em fogo

nada fátuo

adrede encomendado

fato inconteste

convivas em leite

e vinho mergulhados

também em sangue

alvoroçados

ódio e fúria nas cordas

de uma lira violada

outra é a lira hoje

dedilhada

produzir cadáveres é ao que

aspiram em alcateia

hienas adestradas

não basta o mar de vírus

que nos próprios perdigotos

entre sorrisos e pilhérias

nos atira

nem há espaço

onde não há almas

é no ódio que

se inspira

projeto trágico

face tão macabra

à espera do encontro a que

Caronte levará

portas do

inferno lá tendo quem as

abra.


Enquanto isso

no inferno antecipado

em dias de infeliz desfrute

estorvar da Ciência o compromisso

da esperança o projeto

morto frustrado

tirando da arena

todo e qualquer que lute

conduzi-los

à custa do açoite

fazendo noite o que dia

seria

como cegos vagando

sem norte

destituídos de toda

alegria

plantando a escuridão

trazendo a morte.





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