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Sacralidade

Imagine-se alguém, um governante, empresário, trabalhador, estudante ou evangélico promover a destruição da basílica de Nossa Senhora de Nazaré, em Belém do Pará! Imagine-se, também, a proibição de ongs que recolhem recursos e os doam às inúmeras organizações não-governamentais que financiam as meritórias ações sociais da Igreja! Mais que o uso, tantas vezes vão, do nome de Deus, seria justo ver firme resistência dos religiosos e seus rebanhos. A mesma fúria sagrada agora expressa pelos herdeiros dos Waurá, etnia que habita a região do Xingu. No mesmo Pará onde se realiza todo ano, há mais de dois séculos, um dos maiores espetáculos rituais do catolicismo. Pois no interior paraense foram destruídas manifestações culturais, muitas delas referentes à sacralidade daquela população humana. Agora, com apoio de ongs, aquele povo xinguano ganhou uma réplica da gruta Kamukuwaká, lugar sagrado de culto dos seus ancestrais. Lembre-se que o território dessa etnia foi amputado em boa parte, ao constituir-se o Território Indígena Batovi, no Alto Xingu. Opor-se à devida homenagem aos Waurá traz consigo o risco de multiplicar o mau exemplo cometido em 1961, de que poderá resultar a destruição de outros templos, de quaisquer religiões ecetniss, Brasil a dentro.

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