Vamos invadir Gaza por terra - está acabado. Esse o resumo do discurso de Benjamin Netanyahu, em cadeia universal de comunicação. Apenas o ápice de um processo iniciado desde que Israel se instalou no território antes ocupado pelos palestinos. Até o momento em que os terroristas do Hamas incomodaram o colonizador, não foram poucas as atrocidades praticadas contra um povo encurralado no que se conhece como a maior penitenciária a céu aberto, em toda a História do Mundo. Maior queTreblinka, Dachau, Buchenwald, Varsóvia. Parece não haver mais o que detenha o propósito de extermínio que tem animado as recentes ações do governo israelense. Nada, porém, incoerente com o processo que Israel impôs àquele povo, iniciado com a recusa de admitir a instalação em território próprio do Estado Palestino. Nem dissonante em relação à conduta normalizada, na ocupação à força de pedaços cada vez maiores das terras de onde agora é promovida uma nova versão do holocausto. Afinal, Netanyahu confessa necessário manter seu próprio povo na ignorância dos fatos de que se acha senhor exclusivo, tantas as vezes em que resoluções da ONU foram rasgadas ou jogadas na lata de lixo. As dificuldades internas somam-se ao autoritarismo inato do Primeiro-ministro israelense, sob a indiferença dos media internacionais. Eles ainda teimam em considerar Israel uma democracia. Não é gratuita, portanto, a cumplicidade de Joe Biden, ele mesmo Presidente de uma nação autoproclamada democrática cujos exemplos não guardam a mínima coincidência com o ideário da democracia. O genocídio a completar-se, não obstante, ainda pode ser evitado. Nada que os livros Diário, Caixa e Razão, ou bem elaboradas planilhas deixem de explicar. Money is gun. Ou gun is money?
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