A geleia geral nascida sob os escombros do muro de Berlim transformou o cenário político em verdadeiro caos. A inconsistência da tese de que o naufrágio de União Soviética representava o fim da História impediu a emergência de uma sociedade diferente em substância da que se conhece desde a Primeira Revolução Industrial. Se a Revolução Francesa desenhou os novos contornos do cenário político e se a interpretação histórica de Marx acendeu luzes de um caminho posto à disposição da sociedade humana, fatos posteriores encarregaram-se de esvaziar tão belas perspectivas. Até o momento em que, menos que a riqueza produzida por multidões de trabalhadores, ganharam protagonismo relações sociais cada dia menos desejáveis. O capital, sem alma e sem coração como dele dizem seus mais arraigados defensores, impõe-se a tudo e subjuga todos. Especialmente, os que teimam em mostrar seus vícios de origem e os resultados de sua nefasta consequência sobre a sociedade humana. As lideranças surgidas desse processo involucionista já nem se constrangem em proclamar a supremacia das armas sobre os argumentos, a superioridade do convívio belicoso, em relação à solidariedade. De tal forma esse retrocesso se faz presente, que pensamentos, decisões, valores e ações parecem ignorar os nexos causais dos fenômenos sociais. Estes, tratados como se tratam as coisas da natureza, são relacionados à rigidez que só a ordem e a hierarquia podem produzir. Daí o fanatismo em voga, daí a consideração unívoca de condições, relações e manifestações diferentes. É a isso que se deve a proposital confusão entre esquerda e direita, como se ambos os conceitos não correspondessem a mais que slogans de ocasião. A verdade única correspondendo ao pensamento uniformizado. Por isso, discutir o tema e relembrar a dicotomia como algo representativo de importante momento na História Universal, é mais que necessário e oportuno. É tarefa a que se devem entregar os interessados no equacionamento e solução dos problemas com que se há a sociedade humana, como o fazem em nosso ESPAÇO ABERTO. Hoje, trata disso o sociólogo Lúcio Carril. Amanhã, é disso que trata o texto do advogado e professor Félix Valois. Leiam-nos!
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