Trompetes do apocalipse
- Professor Seráfico

- 21 de jan.
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Ouviram-se, já, os sons ameaçadores. A manhã fria de Washington marcou o início de um novo período governamental. Não por anunciar qualquer avanço no processo civilizatório por que vem passando o Planeta. A respeito deste, as previsões nada contêm de desejável. Relativamente às questões e a vida sociais, menos ainda. Ao contrário, do tratamento que será dado aos imigrantes não se pode esperar algo enobrecedor ou dignificante. O reforço militar nas fronteiras, a repressão cada dia mais violenta aos que pretendem ingressar no território norte-americano e a perseguição implacável à multidão de imigrantes ilegais desfaz, inclusive, o antes tão falado sonho americano. Hoje, a imagem gerada pela busca de fazer a América tem decretado seu ponto final. Pior, com o desmoronamento das esperanças que a propaganda norte-americana pós-guerra criou, muita gente terá pessoalmente chegado ao seu ponto final. A pretensão de obter dos procuradores e instâncias judiciais a aplicação e generalização da pena de morte a autores de delitos menores chega a ser assustadora. O susto, porém, neste caso não é devido a qualquer tipo de surpresa, tão conhecido o empenho em produzir a morte, não a vida de seus concidadãos, pelo Presidente ora reconduzido ao poder. Além de tudo, todo império decadente tende a levar o imperador ao cometimento de gestos, palavras e atos que, ao invés de abrir portas e caminhos, só têm servido para acelerar o processo de desmantelamento de seu poder. Não faltam exemplos históricos para apreender, tanto quanto não são muitos os que conhecem a História. Um cabo austríaco ou um empresário malafamado, neste caso, nada têm de diferentes.

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