O mais delirante otimismo não permite ver céu de brigadeiro. Ao contrário, cada dia que passa revela-se assustador o cenário em que nossos filhos e netos poderão sobreviver. Se não for alcançada, como muitos o desejam, uma terceira guerra mundial. Se otimismo houver, ele não poderá fugir ao constrangimento de aceitar a multiplicação de países reprodutores do conflito em que se envolvem os Estados Unidos da América do Norte e a Rússia, de que a Ucrânia detém apenas o teatro de operações. Lá, mata-se por tudo, tanto quanto se tem matado por nada. Os ucranianos dirão melhor disso, eis que os interesses em jogo são muito maiores se consideradas as nações mais poderosas e seu exuberante arsenal bélico. Custa crer a ignorância a respeito da fortuna despendida (também gerada e multiplicada), para que sejam mantidos os ataques russos e a defesa de seu antigo território, pelos atuais ocupantes. Qualquer leigo mal informado seria capaz de identificar os maiores interessados, uns pela confirmação de conduta historicamente confirmada, outros pela percepção do quanto a perda de influência política provoca reações insuspeitadas. Ambas as nações assim caracterizadas têm um ponto que lhes é comum: a submissão a ditaduras, que nem por terem fundamentos diversos, deixam de produzir os mesmos resultados. O país de Joe Biden, maliciosamente apresentado como exemplo, não existissem fortes laços com o terrorismo internacional e com algumas das ditaduras mais ferozes, no século XX, como ainda neste início de terceiro milênio. Lá, porém, a base em que se sustenta a farsa é diferente da que socorre a Rússia, pós-dissolução da União Soviética. Desfeito o Pacto de Varsóvia, desde Boris Yeltsin a corrupção - este sim, o grande exemplo norte-americano - tomou conta de tudo. Isso não veio através da valorização do rublo, mas do fortalecimento do armamentismo. De um lado, portanto, a força do dinheiro:; do outro, a força das armas. Ao fim e ao cabo, apenas formas diferentes de enxovalhar a democracia e promover a distribuição da riqueza como a conhecemos. A OTAN, supostamente equivalente ao falecido Pacto de Varsóvia, manteve aberto seu balcão de negócios, E como vem produzindo!... Ganha destaque nesse lamentável cenário a eleição francesa, em que os compatrícios de Voltaire, Diderot, Desmoulins e Robespierre tiveram que escolher entre o mau e o pior. Apagaram-se as luzes, sem que sequer túnel houvesse. O fim estará chegando?
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estamos apenas no prólogo...ou serão preliminares?