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Foto do escritorProfessor Seráfico

Tragédia e máscaras

Nestes tempos tão sombrios, em que o sepultamento de centenas de milhares de seres humanos é acompanhado de pilhéria e menosprezo, não há como esquecer dos responsáveis. Os mesmos que se negam a admitir culpa pela tragédia no mínimo por eles desdenhada. Ação e omissão com frequência têm sido utilizadas, até o ponto em que a conduta malfazeja privou centenas de milhares – quem sabe ao certo, quantas? – de pessoas, do ar sem o qual é impossível a vida humana. Não se limita a isso, como se fosse pouca, a contribuição de governantes e governados, no genocídio em curso, acelerado curso. Os entraves e hostilidades, fraudes igualmente mobilizados e desencadeados para desprestigiar a ciência não bastaram. Ao contrário, mostram-se insuficientes para alcançar objetivos que, não se sabe exatamente quais, animam os promotores da tragédia. Ainda agora, simulam-se cerimônias toscas, sob o patrocínio dos que por justiça devemos incluir no rol trágico dos culpados. A título de festejar a chegada de vacinas ao País, meia dúzia de autoridades unem-se e, tal um circo de horrores, acrescentam aos crimes em curso a auto-atribuição de méritos que o mais alienado brasileiro sabe inexistirem. Apenas outra demonstração de absoluta e abjeta indiferença, para dizer o menos. Infelizmente, menos por instrumento retórico que pela reiteração da conduta, havemos de reconhecer na ofensiva representação do pior teatro, a conduta esperada. Não é recente o uso da mentira, que a máscara invisível jamais conseguiu esconder. A face da morte, correspondendo ao que a alma pútrida esconde.

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