Assistindo ao documentário sobre o assassinato do ex-reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, emergiu de minha memória o auto-sacrifício de frei Tito. Distantes, as mortes deles assemelham-se em suas motivações e nos valores a que se relacionam. Um e outro foram vítimas da intolerância e da barbárie, características presentes no calendário de ambos. O dominicano, das mais conhecidas vítimas da ditadura de 1964; vitimado pela política lavajatista de nossos dias, o professor sessentão. Se o religioso nascido no Ceará, e outros mortos pelos tiros de armas compradas com o tributo pago pelos cidadãos, não alcançaram os 30 mil, inscrevem-se eles em relação que a mani pulite inspiradora alcançou. A frustrada tentativa italiana de derrotar a corrupção provocou 33 suicídios. Sua reprodução entre nós não difere dos resultados obtidos na Itália: nem a corrupção se acabou, nem seus supostos inimigos mostraram alguma virtude que os distinguisse dos cidadãos por eles perseguidos. Lá e cá, nada mais que farsa, trágica e odiosa.
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