Terror e justiça
- Professor Seráfico
- 19 de dez. de 2021
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Já no início de sua trajetória no Supremo Tribunal Federal, o ministro terrivelmente evangélico (seja isso o que for) enfrenta o primeiro desafio. Por sorteio, caiu em suas mãos processo provocado pelo senador Randolphe Rodrigues, sobre a pressão do Presidente da República imposta ao Instituto do Patrimônio Histórico e Arquitetônico Nacional, IPHAN. O órgão de proteção a esse importante aspecto.da cultura nacional foi alvo do que o próprio perseguidor chamou ripada. Esclareça-se o significado da expressão como retaliação indevida, além de ilegal porque criminosa. Foi, todavia, a forma encontrada pelo justiceiro do Planalto para constranger o IPHAN, pelo cumprimento da Lei. O ato motivador da truculência presidencial liga-se aos interesses de um empresário apoiador do Presidente da República. Como se sabe, porque típica dos ditadores ou aspirantes a tal condição, familiares e amigos têm seus interesses sobrepostos à Constituição e às leis vigentes. Agora, o terrível julgador, por dever de ofício, é convocado a enfrentar o terror de Estado. E os brasileiros poderão avaliar o acerto ou o crime do Senado, ao autorizar a nomeação de candidato até então poupado de evidenciar a ilibação de sua conduta. Nem precisava, diriam alguns.
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