A descoberta do desvio de 21 armas de grosso calibre e alto grau de mortalidade coloca sobre a mesa, pelo menos, duas questões fundamentais. A primeira diz respeito à imagem antes projetada e ainda reivindicada pelas forças armadas brasileiras e, a outra, o uso do dinheiro público segundo o desejo e o propósito pessoal do governante. Afinal, as armas sumiram de um estabelecimento militar, de força responsável pela defesa da soberania nacional e do Estado Democrático de Direito. No primeiro caso, dada a gravidade do crime, de resto insinuando aliança entre militares e crime organizado, o abrandamento da inevitável punição trará o cheiro de cumplicidade. Pior, fará maior a dúvida sobre tratar-se de engajamento individual ou institucional. Quanto ao desvio de recursos públicos para beneficiar atividades lesivas ao Erário e, por consequência, à coletividade, hão de ser cobradas responsabilidades não apenas dos golpistas de 08/01/2023. Desde a aquisição dos equipamentos usados na arapongagem criminosa até a invasão de privacidade não-autorizada devem ser objeto de rigorosa, exaustiva e profunda apuração. Quem nada deve, nada há a temer.
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