Marcelo Seráfico
Sinteticamente: Bolsonaro reitera nas Nações Unidas as duas linhas de argumento fundantes de sua prática política. De um lado, a fuga do trato objetivo dos problemas vividos pelo país - que vão da devastação ambiental, passam pela crise econômica e chegam à crise sanitária. De outro lado, essa simples e direta negação da realidade é acompanhada da reiteração da defesa de uma religiosidade cínica, de uma política econômica que só beneficia grandes empresas, o setor financeiro e o agronegócio, e de um alinhamento servil do país à política externa do governo norte-americana. Em suma, Bolsonaro reiterou na ONU os princípios básicos de sua necropolítica e da economia da catástrofe.