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Silêncio por Zezinho

Calam-se os tambores

paralisam-se os ponteiros

dias tão pouco

alvissareiros

reúnam-se todas as

tribos

esmagadas

em período de

horrores

dentro do peito

ardem as mesmas chamas

desprovidas de respeito

subtraídos tantos

sons

tantos sonhos interrompidos

mil amores

desarvorados

árvores tombadas

semelhante virulência

por violência a floresta

desflorada

devastada a consciência


Tic-tac

de vida tão incerta

como a esperança

deserta consciência

em nós não mais que

instiga e desperta

o desdém que tudo enseja

mais se o faça

menos se o diga

na fatal concupiscência

que nos remete

às formigas


Vai-se a voz

leva o tambor

que verberava

em clamor pungente

da floresta

pedindo ao amor sobrevivente

evite a dor

de falência

como esta.


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