Sepultura política
- Professor Seráfico

- 6 de ago.
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Associações criminosas frequentemente são traídas por sua própria voracidade. Na ânsia por satisfazer seus maléficos apetites, os membros dessas organizações acabam por enrolar-se nas próprias cordas com que tentam enforcar os interesses e sonhos de suas vítimas. Nada muito diferente, quando agentes públicos transpõem as fronteiras nacionais e se arrogam o direito de interferir nas funções dos estados correspondentes, ou não. Vai-se esclarecendo, agora, o elenco de interesses que tentam justificar recentes decisões do pretenso dono do Mundo, em que pese a nocividade de sua ação corrosiva do prestígio granjeado - nem sempre com legitimidade - na comunidade internacional. Não têm sido poucas as vezes em que governantes norte-americanos intervêm, militarmente inclusive, em outras nações. Entre o final da segunda grande guerra e este 25° ano do terceiro milênio, dezenas dessas ações respondem pela matança de boa parte dos habitantes dos países invadidos. Às vezes, irmãos lutam contra irmãos, armados pelo governo do país interessado nas riquezas naturais de que são carentes. Outras vezes, levando ao sacrifício da vida de cidadãos das próprias forças invasoras. Na guerra do Vietnam e no golpe na Nicarágua de Arbenz encontramos exemplos que ajudam a entender essa trágica e infame realidade. Ainda hoje, a sociedade mundial percebe os riscos produzidos por essa conduta imperial. Todos estamos na iminência de ver reproduzir-se a tragédia de Nagasaki e Hiroshima, quando tem lugar, em Gaza, a reiteração do holocausto. Ironicamente, ação agora efetivada pelos sucessores das vítimas de Hitler. Porque os Estados Unidos da América do Norte experimentam uma das maiores crises de sua história, Donald Trump deixa no ar a promessa de fazer explodir a bomba atômica. As ofensas às nações que dispõem de jazidas de minerais estratégicos começam a ser percebidas pela comunidade internacional como a inspiração do tarifaço, junto ao qual é reivindicada a ruptura da soberania das nações. Torna-se clara, a esta altura, a necessidade de estimular os traidores das nações cuja riqueza natural inclui os minerais tão cobiçados. Governos soberanos, todavia, resistirão, enquanto os membros da associação maléfica cavam sua própria sepultura. Pelo menos, política.

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