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Sem reserva

O que é - e para que serve - a reserva cambial? Essas questões, se inexistiam ontem, assumem papel crucial nestes ameaçadores dias. O debate sobre a dúvida pública e o aumento de gastos, de preferência em projetos e programas de nítida importância social, não permitem sequer a lembrança das reservas. Não saem de minha memória, no entanto, os festejos motivados por um registro até então inédito. O Brasil conseguira acumular reservas cambiais de 390 milhões de dólares, das quais o governo anterior à terceira gestão de Lula torrou 10 bilhões. Sem que se saiba com clareza qual o destino dado a essa dinheirama, impossível dizer dele se beneficiou ou foi prejudicial ao Brasil e à sua população. Esse tipo de gastança, absolutamente ignorado pelos que dizem combater todo tipo de desperdício, pode ter sido feito em objetivo legítimo e justificado. Ou vice-versa. Se houve acumulação de reservas, e há necessidades sociais a satisfazer, o que explicaria a usura? Ou é legítimo e explicável deixar prosperarem a fome e a doença, o relento e o abandono, enquanto vidas humanas se perdem? Digamos, sem qualquer reserva: se a isso não se chama usura oficial, não sei como chama-la.

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