Se eu pensasse...
Ouvi, de um esquerdista irritado com a simplificação (tosca, como tudo o que é valorizado nestes tempos de pós-modernidade): se pensasse com o intestino, eu seria de direita. Ganho bem sem precisar trabalhar; sou uma pessoa cheia de bens; bebo bons vinhos; viajo quando quero; meus filhos frequentam as melhores escolas; minha saúde está entregue aos melhores médicos e hospitais do País. O diabo é que eu penso com o cérebro...
Não pude responder a ele de outra forma: Lorde Byron lutou pela independência da Grécia. A família de Fidel era latifundiária. Quase acrescentava que alguns dos bilionários dos outros países começam a trocar o intestino pelo cérebro.