Por tradição, os órgãos tomadores de contas da aplicação do dinheiro publico são tidos pelo Poder Executivo como pódio, à moda do lugar onde é entregue a medalha dos vencedores olímpicos. Isso fez dos tribunais de contas estaduais e, em alguns casos, municipais, o preço pago pelos serviços de subserviência, leniência e apoio prestados aos detentores das chaves do cofre. Não obstante tais órgãos serem, constitucionalmente apenas(?), assessoria especializada de outro poder, o Legislativo. Bastaria isso para estabelecer os limites em que opera uma república não-republicana. Não fossem os membros da mais alta corte do Poder Judiciário indicados e nomeados pelo Chefe do Executivo. O papel do Legislativo, em ambos os casos, resta cúmplice. Embora abusivamente transformado em órgão judicante, a assessoria especializada em contas julga e apena gestores públicos, principalmente quando são poucos os zeros à direita dos algarismos analisados. Muitos milhões e bilhões podem escorrer pelos ralos, facilitando a multiplicação dos desvios de verbas públicas, ao mesmo tempo em que despertando a cupidez dos que um dia chegam à representação popular. No seio deste grupo estão, geralmente, aqueles que terão seus préstimos bem recompensados. No caso do Amazonas, há episódios assemelhados às capitanias, hereditárias como se têm revelado. Agora, noticia-se prestação direta desse tipo abjeto de serviço, por um auditor do Tribunal de Contas da União. Com alguma inovação no procedimento, eis que tem envolvido um servidor de carreira, aproximado do beneficiário da informação perversamente produzida, pelo próprio pai. Este, um militar reformado, estabeleceu a ligação entre as mãos que produziram a informação falsa com as do que a incluiu no rol de mentiras que dão sustentação do seu (des)governo. Talvez um dia essas práticas sejam substituídas, se conseguirmos chegar à república.
Por tradição, os órgãos tomadores de contas da aplicação do dinheiro publico são tidos pelo Poder Executivo como pódio, à moda do lugar onde é entregue a medalha dos vencedores olímpicos. Isso fez dos tribunais de contas estaduais e, em alguns casos, municipais, o preço pago pelos serviços de subserviência, leniência e apoio prestados aos detentores das chaves do cofre. Não obstante tais órgãos serem, constitucionalmente apenas(?), assessoria especializada de outro poder, o Legislativo. Bastaria isso para estabelecer os limites em que opera uma república não-republicana. Não fossem os membros da mais alta corte do Poder Judiciário indicados e nomeados pelo Chefe do Executivo. O papel do Legislativo, em ambos os casos, resta cúmplice. Embora abusivamente transformado em órgão judicante, a assessoria especializada em contas julga e apena gestores públicos, principalmente quando são poucos os zeros à direita dos algarismos analisados. Muitos milhões e bilhões podem escorrer pelos ralos, facilitando a multiplicação dos desvios de verbas públicas, ao mesmo tempo em que despertando a cupidez dos que um dia chegam à representação popular. No seio deste grupo estão, geralmente, aqueles que terão seus préstimos bem recompensados. No caso do Amazonas, há episódios assemelhados às capitanias, hereditárias como se têm revelado. Agora, noticia-se prestação direta desse tipo abjeto de serviço, por um auditor do Tribunal de Contas da União. Com alguma inovação no procedimento, eis que tem envolvido um servidor de carreira, aproximado do beneficiário da informação perversamente produzida, pelo próprio pai. Este, um militar reformado, estabeleceu a ligação entre as mãos que produziram a informação falsa com as do que a incluiu no rol de mentiras que dão sustentação do seu (des)governo. Talvez um dia essas práticas sejam substituídas, se conseguirmos chegar à república.
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