SÍNTESE HISTÓRICA
Orlando SAMPAIO SILVA
O processo social, econômico, político contido na evolução ou história do capitalismo desde a sua origem (revoluções agrícola e a urbana consequente, no neolítico) com a escravidão (utilizada pelas grandes ditas civilizações da Antiguidade), o expansionismo, o colonialismo, a dominação-subordinação etc. (Assíria, Babilônia, Egito, Fenícia, Pérsia, Grécia, Roma), que atravessa os milênios e desagua na passagem da Idade Média para a Idade Moderna, com o mercantilismo associado às grande navegações, à escravidão negra, e, logo, o novo colonialismo com a exploração dos recursos naturais (madeiras, minérios) e a produção industrial elementar (açúcar, tabaco etc.) nos países colonizados. Com o Renascimento (a interface do processo econômico na cultura), surgem os pensadores que realizam a análise e a crítica da sociedade capitalista moderna em formação, desenhando estruturas de estados (Maquiavel, Hobbes, Montesquieu – os três Poderes do Estado), e lançando as sementes dos valores humanistas, que abriam caminho para o surgimento de doutrinas éticas e sociais, que objetivavam a construção de sociedades de seres livres convivendo em condições de igualdade (a crítica da desigualdade no convívio entre os homens, em Rousseau). Descartes propõe o método de trabalho, de pensamento, de pesquisa, em uma epistemologia racional. Diderot fez uma sistematização do pensamento humano (privilegia o uso dos sentidos). Voltaire imagina uma sociedade de cidadãos livres. Entre os estados, o colonialismo se expandia. Ao lado daqueles pensadores, se encontram Locke (liberalismo, tolerância, empirismo), Hume (pensamento em oposição ao de Descartes; natureza humana), Kant (filosofia crítica, crítica das razões pura e prática), e Espinoza (política e ética). Mas, com aqueles pensadores do Renascimento, estava adubado o solo para o florescimento dos pensadores que vieram a concretizar a grande análise do capitalismo e os que sistematizaram o socialismo em suas diferentes feições ditas utópica e científica. Aí estão: Tocqueville, Feuerbach, Saint-Simon, Owen, Louis Blanc, Proudon, Adam Smith, Ricardo, Engels e Marx (este conhecia a República de Platão). Um pouco antes e ao lado deles, Hegel com sua lógica dialética. Marx sistematizou sua análise-crítica do capitalismo no “Capital”, mas, como ele era, também, um ativista político revolucionário, teceu, no Manifesto Comunista, as linhas mestras de sua teoria dialética e materialista, ao lado das diretrizes estratégicas e táticas revolucionárias. Depois ... o Lênin e tudo mais que sabemos.
Até este ponto referi-me, em uma grande síntese, ao passado da história geral e, nele, ao brilho de notáveis pensadores da humanidade.
A seguir, a queda!
Na URSS, em seu final, apareceu na KGB uma figura típica de policial e espião, que ingressou no PCUS sem nenhum compromisso ideológico, Putin. E aí está ele no poder há vinte anos, em um estado capitalista, autoritário, policial, corrupto com grande restrição das liberdades democráticas, um ser encantado pelo Poder, que se comporta no governo como se fosse um czar e que busca a restauração da Grande Rússia, na qual ele, em um sonho de grandeza, espera ser o czar (Rússia) ou o secretário-geral/primeiro-ministro/presidente (URSS). Em decisões unipessoais e no delírio pela restauração da Grande Rússia, promove guerras de conquistas contra os povos seus vizinhos.
(2022)
Orlando SAMPAIO SILVA
O processo social, econômico, político contido na evolução ou história do capitalismo desde a sua origem (revoluções agrícola e a urbana consequente, no neolítico) com a escravidão (utilizada pelas grandes ditas civilizações da Antiguidade), o expansionismo, o colonialismo, a dominação-subordinação etc. (Assíria, Babilônia, Egito, Fenícia, Pérsia, Grécia, Roma), que atravessa os milênios e desagua na passagem da Idade Média para a Idade Moderna, com o mercantilismo associado às grande navegações, à escravidão negra, e, logo, o novo colonialismo com a exploração dos recursos naturais (madeiras, minérios) e a produção industrial elementar (açúcar, tabaco etc.) nos países colonizados. Com o Renascimento (a interface do processo econômico na cultura), surgem os pensadores que realizam a análise e a crítica da sociedade capitalista moderna em formação, desenhando estruturas de estados (Maquiavel, Hobbes, Montesquieu – os três Poderes do Estado), e lançando as sementes dos valores humanistas, que abriam caminho para o surgimento de doutrinas éticas e sociais, que objetivavam a construção de sociedades de seres livres convivendo em condições de igualdade (a crítica da desigualdade no convívio entre os homens, em Rousseau). Descartes propõe o método de trabalho, de pensamento, de pesquisa, em uma epistemologia racional. Diderot fez uma sistematização do pensamento humano (privilegia o uso dos sentidos). Voltaire imagina uma sociedade de cidadãos livres. Entre os estados, o colonialismo se expandia. Ao lado daqueles pensadores, se encontram Locke (liberalismo, tolerância, empirismo), Hume (pensamento em oposição ao de Descartes; natureza humana), Kant (filosofia crítica, crítica das razões pura e prática), e Espinoza (política e ética). Mas, com aqueles pensadores do Renascimento, estava adubado o solo para o florescimento dos pensadores que vieram a concretizar a grande análise do capitalismo e os que sistematizaram o socialismo em suas diferentes feições ditas utópica e científica. Aí estão: Tocqueville, Feuerbach, Saint-Simon, Owen, Louis Blanc, Proudon, Adam Smith, Ricardo, Engels e Marx (este conhecia a República de Platão). Um pouco antes e ao lado deles, Hegel com sua lógica dialética. Marx sistematizou sua análise-crítica do capitalismo no “Capital”, mas, como ele era, também, um ativista político revolucionário, teceu, no Manifesto Comunista, as linhas mestras de sua teoria dialética e materialista, ao lado das diretrizes estratégicas e táticas revolucionárias. Depois ... o Lênin e tudo mais que sabemos.
Até este ponto referi-me, em uma grande síntese, ao passado da história geral e, nele, ao brilho de notáveis pensadores da humanidade.
A seguir, a queda!
Na URSS, em seu final, apareceu na KGB uma figura típica de policial e espião, que ingressou no PCUS sem nenhum compromisso ideológico, Putin. E aí está ele no poder há vinte anos, em um estado capitalista, autoritário, policial, corrupto com grande restrição das liberdades democráticas, um ser encantado pelo Poder, que se comporta no governo como se fosse um czar e que busca a restauração da Grande Rússia, na qual ele, em um sonho de grandeza, espera ser o czar (Rússia) ou o secretário-geral/primeiro-ministro/presidente (URSS). Em decisões unipessoais e no delírio pela restauração da Grande Rússia, promove guerras de conquistas contra os povos seus vizinhos.
(2022)
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