Em cabeça de juiz e nas urnas, não se sabe exatamente o que cabe dentro. Essa era máxima observada, quando as pesquisas de tendência de voto não atraiam nem preocupavam os interessados nas eleições. Ainda assim, ora mais, ora menos, a consulta ao eleitorado tem sua valia. Não apenas por projetar o sentimento percebido dos eleitores, algumas vezes confirmado, mas pelo que permite antecipar em ambiente pós-eleitoral mais amplo. Refiro-me ao futuro não imediato, mas sujeito aos entendimentos e rearranjos que o resultado das urnas determina. Às vezes, com alto grau de probabilidade, outras, não. Uma coisa não pode escapar do radar dos analistas, além das que já são demasiado ostensivas, como o indiscutível avanço da direita. E a sensação de que à esquerda restará mais importante a oportunidade e - mais que essa - a obrigação de rever suas bandeiras, posturas e propostas. Dessas se poderá falar mais à frente. Importa, agora, quando pesquisas de quase-boca de urna são conhecidas. A provável eleição de Ricardo Nunes, em São Paulo, e a do candidato apoiado por Caiado, em Goiás, não esgota, até porque anuncia dificuldades que a direita enfrentará no médio prazo. Ou seja, 2026 chegará quando estiver franca e aberta a disputa pelo espólio eleitoral do inelegível capitão. Tarcísio e Caiado estarão desimpedidos de participar dessa disputa, em virtude da preferência dos eleitores de São Paulo e Goiás. Inelegível e com a perda gradativa da direita não fanática, ao ex-Presidente será reservado o lugar de Presidente de Honra ( quanta contradição, quanta ironia!) do PL. Ou de outra sigla, dependendo do humor e dos interesses de Waldemar Costa Neto. A conferir.
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