Quando há deliberado propósito de violentar as populações indígenas e outros grupos sociais minoritários, é confortador ver a Secretaria Municipal de Política Cultural da Prefeitura de Manaus opor resistência à infeliz e desumana iniciativa. Embora estejam na mira das autoridades federais outros segmentos sociais, as agressões e ameaças contra a população indígena chama a atenção, em especial na passagem de mais um dia dedicado a destacar sua presença, ocupantes originais que são da Amazônia. Não tem sido diferente o sofrimento e a perseguição imposta aos quilombolas, ribeirinhos, trabalhadores em geral, nem que tal fenômeno tenha ocorrido e venha ocorrendo em outros lugares do Planeta. Importa mais a certo tipo de visão de mundo exterminar tudo quanto possa obstar ou dificultar o desatamento de apetites ignorantes da História e inspirados pelos mais vis objetivos. Nunca será demais lembrar o bispo da Antióquia, feito São Basílio depois do século IV. Para ele, o dinheiro é o esterco do Mundo. É, todavia, esse esterco que manda em porções amplas da Terra e pretende impor-se mais e mais, assim espalhando-se por toda parte, não pelas eventuais virtudes que o possam (?) caracterizar. O custo dessa conquista pode traduzir-se em morte, aos milhares, às vezes aos milhões, sem que ainda se tenha podido assegurar justo e oportuno estancamento desse processo, a um só tempo selvagem e mortal. Por isso, pode ser vista como uma nesga de sol a iluminar os estreitos caminhos da liberdade e do amor humano - o que deveria ser tido como suprassumo da humanidade - a criação do Memorial indígena, numa das primeiras praças da cidade de Manaus. Situada no Centro Histórico, a praça Dom Pedro II acolhe agora registro memorial definitivo, o resgate de antepassados um dia destituídos de sua condição humana, a que hoje ainda não estão afeitos sucessores indignos até da condição que se diz própria dos amimais inteligentes, ou assim também ditos.
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