Representatividade e falta de
Batem no vazio as ideias que tenho apresentado, como base da que reputo adequada reforma política. Neste mesmo blog (Convés), convoco os interessados a discutirem o assunto. Por enquanto, sem eco algum.
Entendo, como a maioria dos que ouço e leio, débil o vínculo entre as aspirações da maioria da sociedade e o desempenho dos seus assim chamados representantes. Não sou, porém, dos que pretextam essa razão para propor a redução do número deles. Em alguns casos, pode ser que haja número demasiado de representantes eleitos. Para fixar tal número, todavia, penso necessário dispor de critérios de análise. Quais são estes, quem os elaborou, onde podem ser encontrados? Palpites não bastam.
Dentre os pontos que mais me preocupam, as reformas constitucionais destinadas a revogar a Carta Magna sobre a qual os presidentes proferem o juramento inaugural de seu período de governo, merecem destaque. Penso, quanto a isso, que qualquer alteração constitucional só deve prevalecer no período seguinte ao da legislatura em que for aprovada. Assim, a Constituição Federal deixaria de ser o traje político escolhido pelo eleito para substituir o que ele encontrou no guarda-roupa, quando assumiu o mandato. Isso acabaria com a Constituição moldada ao corpo e às medidas do mandatário, não em obediência às necessidades da sociedade.
Este é o primeiro ponto. Outros serão sucessivamente tratados aqui. Se houver quem se interesse em conhecê-los e debatê-los.