Reestudo necessário
- Professor Seráfico
- 27 de fev. de 2022
- 2 min de leitura
Por enquanto, ainda é fria a guerra entre a Rússia de um lado, e, do outro, os Estados Unidos da América do Norte e seus aliados. Não há quem arrisque afirmar a manutenção desse clima por muito tempo. Explosões nas proximidades da fronteira entre a Ucrânia e a Rússia aumentaram as tensões, faz poucos dias. Como em quase toda guerra, razões e pretextos e as interpretações que eles ensejam tornam mais complicada a equação. Cercada de bases militares norte-americanas, a Rússia pretende evitar o rigor do cerco militar controlado pela Casa Branca. Particularmente, a integração da Ucrânia à OTAN, uma espécie de "cortina de ferro" extemporânea. E com outro sinal. Do ponto de vista de boa parte dos países europeus abastecidos com o gás russo, tudo quanto cause problemas para o país governado por Putin tornará mais difícil a vida de suas respectivas populações. Para o resto do Mundo, certamente não se justifica passar pelo sofrimento de uma outra guerra, ainda mais quando o princípio da autodeterminação dos povos não é em geral observado. A OTAN é exemplo por demais ostensivo como comprovação desse cenário. Ho último dia de fevereiro, ainda é incerta a situação naquela área hoje conturbada do Planeta. A anunciada e dia-a-dia postergada invasão das tropas russas no país vizinho vai delineando cada vez mais o ambiente de guerra fria, de que minha geração pode dar oportuno testemunho. De um lado rugiam os belicistas comandados pelos círculos militares-industriais (foi o general Dwigth Eisenhower quem o disse) norte-americanos, do outro, sob a liderança da então União Soviética, as nações da chamada cortina de ferro. De tudo, e após 1989, não restaram se não as bases do Tratado do Atlântico Norte, um cinturão bélico apontado para as URSS e diversos países afastados do controle do Kremlin. Sem que a ONU deixasse de impor sanções a Israel, jamais preocupado em obedecer à organização. O que significa dizer que autodeterminação e sanções precisam ser reestudadas.
Eu não tenho certeza de que a guerra fosse a melhor alternativa. A jogada da independência das áreas com maioria russa foi muito bem elaborada.
Penso que essa guerra é capaz de se tornar um atoleiro para a Rússia, muito difícil de sair, além de ser muito cara e desgastante.
Reconheço que não tenho todas as informações que motivaram essa escolha.
Apesar da Rússia ter suas razões em relação a OTAN incorporar a Ucrânia, uma guerra com um potencial de milhares de baixas entre civis e incapaz de resolver a questão do mundo bipolar que sujeita as outras nações ao domínio das potências militares não parece ser a melhor opção.
A autodeterminação, que era um valor importante, acabou se transformando…