Uma expressão usada pelo ex-capitão excluído das forças armadas, rejeitado pelos eleitores e em vias de ter vedada sua participação como concorrente em eleições, para mim soa como uma confissão. Mesmo que tente esconder a estupidez de que é detentor, a má figura não o consegue. Entrevistado pela jornalista Mônica Bergamo, às vésperas do julgamento que tudo indica determinará sua inelegibilidade, o ex-capitão repetiu as desculpas esfarrapadas oferecidas pelo comprovado abuso de poder que provocou a ação do PDT. Desta vez, porém, ele foi mais longe. Às mentiras costumeiras, ele acrescentou a expressão a que a quase totalidade dos observadores parece alheia. O processado no TSE disse que o tribunal não o julga pelo ato de falar mal do processo eleitoral e dos ministros daquele colegiado. A reunião por ele convocada e conduzida com os embaixadores estrangeiros, assim, não seria a razão de sua esperada inelegibilidade A que o ex-capitão atribui, então, a decisão de que ninguém mais duvida? Disse ele que é o conjunto da obra o fundamento da decisão que virá. Esta semana ainda, ou daqui a um pouco mais, dependendo da conduta de algum de seus terríveis advogados instalados no TSE. Pelo que disse o réu, sempre aconselhado pelo déficit de inteligência e boa fé de que é portador, sua obra cheia de infrações penais, agressões à Constituição, ofensas ao Estado Democrático de Direito e crimes da mais variada capitulação é a causa do resultado que todos esperam. Inclusive ele. Ou seja, o destinatário da sentença de exclusão (mais uma vez) mesmo tem plena consciência dos atos que praticou, sua obra, cujo conjunto está sob os olhos e a apreciação do Poder Judiciário. Confissão mais explícita, convenhamos, é impossível. O réu quase sabe nada de nada, mas desta vez acertou. Sua obra merece, sim, ser condenada. Por enquanto, a inelegibilidade é apenas a porta de entrada. Numerosos processos, todos eles inseridos no conjunto da obra, estão por ser julgados.
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