Quando morre Inês
José Antônio Dias Toffoli deixa a Presidência do STF e logo começa a ser criticado. Às vezes, por quem fingiu ignorar quanto ele está distante de reunir as credenciais estabelecidas na Constituição para chegar à mais alta corte de Justiça do País. Quem o tenha ouvido ou lido não duvidaria de seu insucesso em concursos públicos a que se candidatou. E, diante da tibieza com que se comportou na Presidência do STF, ao invés de zelar pela independência do Poder Judiciário e pela firmeza à frente daquele órgão, preferiu passar panos quentes. Tirou as vendas de Themis e transformou a inspiradora de decisões ajustadas à Constituição (sobretudo a ela)em arrumadeira reverenciada. Daí os arranjos experimentados durante sua gestão, a ponto de ele mesmo ter negado o caráter agressivo à democracia de muitas das ações, declarações, ameaças e intervenções do Presidente Jair Bolsonaro e seus ministros. Vai ver, Toffoli considera o período 1964-1985 uma ditabranda, Se as investigações da Lava Jato prosseguirem, escoimadas dos vícios também antecipadamente reconhecidos, mas reiteradamente perdoados, talvez apareçam as razões de tanta habilidade. Inês poderá ressuscitar.