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Prêmio fatal - covidados

Nem todos são convidados para o banquete.


Às bodas de Canaã

onde a água se fez vinho

foram apenas os escolhidos.


Talvez único a furar a festa

um andarilho fazia milagres

água transformada em vinho

embebedou os convidados oficiais

transformada mais uma vez

fez-se vinagre

inservível sequer para pensar

as chagas do que a

tornara vinho

na vida sim

daqueles que o acompanhavam


Dedo de Pilatos feito senha

não eram tantos

a cercar as três cruzes

troféus da iniquidade ostentados

prêmio dos ensandecidos

fanatizados

coroas de espinhos ornadas

mãos e cabeças inspiradas

caldo de ódio desamor

tão desalmado

sem Pilatos o dedo

no gatilho

outros os cardos coroados

covardia imperial vencida

ousadia trágica do mal

multiplicam-se os covidados


extensa a lista

todo dia estendida

morte como prêmio agradecido

vida como castigo

a ser purgado

no expurgo que Malthus

não previra

nem o crepúsculo sobre

o Monte de cadáveres

oliveiras para trás deixadas

palavras só a que

nada servem

tantas cruzes a

se repetirem...


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