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Por que só agora?

Talvez porque convencido de que as armas só têm uma serventia - matar! -, interessa-me principalmente encontrar as reais motivações do inconformismo de Joe Biden em relação ao porte generalizado de armas, no país por ele governado. Afinal, parece fortemente marcante no DNA daquela nação norte-americana, a presença da violência. Se não bastassem os números relativos às chacinas (lá chamadas assassinatos em massa) cometidas neste 2022, um dos itens mais expressivos das exportações do País refere-se às armas. Assim, fica evidenciada a preferência pela solução de problemas à custa da força, que do entendimento entre pessoas ou nações envolvidas. Posso até suspeitar de que a experiência do lançamento desnecessário de bombas atômicas sobre Nagasaki e Hiroshima seja o ato inaugural do ciclo de violência que perdura - e se agrava - nas três primeiras décadas do terceiro milênio. É a máquina de guerra norte-americana operando em todos os continentes e ressuscitando nada mais que fantasmas de que a História dá melhor conta que os defensores e propagandistas do apocalipse. É comum às críticas sobre essa visão de mundo que prevalece na nação presidida pelo democrata, a atribuição de culpas a apenas alguns dos que antecederam Biden. Nessa lista quase sempre estão Nixon, Ford, Trump mais recentemente. As razões por que Kennedy e Obama ficam de fora precisam ser encontradas, porque nenhum deles pode vangloriar-se de ter obtido resultado diferente das alcançadas pelos outros. As guerras da Coreia e do Vietnam, além de outras intervenções diretas, exemplificam à farta a presença do espírito belicista levado a todos os continentes, mesmo depois da Segunda Guerra. Parece ter tido repercussão e permanência demasiado fugaz a expressão cunhada por outro guerreiro, comandante de tropas dos Aliados, depois feito Presidente dos Estados Unidos da América do Norte, Dwight Einsenhower. Foi ele quem identificou, com todas as letras, o caráter da nação tras-Rio Grande: um complexo industrial-militar - nem mais, nem menos, como a História registra cada dia com maior clareza. É a história do cachorro morder a mão do seu dono. O que faz a hostilidade do Presidente Joe Biden à recente decisão da Corte Suprema, levando ao extremo a política armamentista, é que deve atrair os olhos de todos. São humanitárias ou simplesmente econômico-financeiras suas motivações?

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