O editor deste blog lançou, ontem, PanPoética Demia. O quinto livro de poemas de José Seráfico reúne textos elaborados durante a temporada de mortes desencadeada pelo covid-19, quando a letalidade do vírus foi multiplicada pela colaboração das próprias autoridades de saúde. Do governo federal e do governo do Estado do Amazonas. Tal parceria foi tão letal, que a capital amazonense foi considerada o epicentro da pandemia, em momento dos mais trágicos. Até oxigênio faltou a pacientes internados. Nesse mesmo período, caminhões frigoríficos, cheios de cadáveres, esperavam a hora de ser sepultados. O resultado das desumanidades praticadas está registrado nos mais de 700.000 mortos em todo o País.. É dessa realidade, e da indignação diante da ação dos promotores de campanha jamais vista contra a Ciência, que tratam os poemas. Sem perder de vista que a Poesia pode estar contida até na tragédia. Com justiça, José Seráfico homenageia a Ciência e uma instituição que tem contribuído para a produção de conhecimento e cura, a Fundação Oswaldo Cruz, em particular o Instituto Leonardo e Maria Deane, braço amazônico da FIOCRUZ. Os leitores nunca esquecerão o mal feito à cidade de Manaus.
Poesia na tragédia
Atualizado: 1 de out.
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