Mais uma vez, a Câmara dos Deputados prepara novo atentado contra a maioria das população. Embora a integrem cidadãos que lhes pediram e obtiveram o voto de que resultou o mandato, não há ineditismo na intenção. Estamos diante da iminente punição dos mais pobres, quando arranjos fiscais encaminham-se para o corte de despesas nos projetos sociais. Isso, em exíguo período de tempo, desde que foi negada a tributação dos mais ricos. Está clara, portanto, a percepção enviesada que a maioria dos parlamentares tem, das responsabilidades e deveres que deveriam orientar sua conduta. O que gera maior indignação no cidadão de bem não é, propriamente, essa manifestação que pune as vítimas, não os que lhes têm causado seguidos prejuízos. Os pobres, que muitos dos parlamentares desejam levar à miséria, têm sido o alvo privilegiado do egoísmo e dos vínculos espúrios que em seu nome crescem e prosperam. Pior é comparar a conduta dos supostos representantes populares em dois momentos tão próximos - o de tributar as grandes fortunas e o de promover cortes em orçamentos que sequer bastam para mitigar o sofrimento experimentado pela maioria das população. Os mandatários sempre apostam na ignorância ou na venalidade dos que lhes concedem votos. Quando não os enganam, atraem-nos, comprando literalmente os votos de que precisam para fazer-se deles representantes.
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