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Perversidade, não menos

Insistem os media na discriminação que estabelecem e disseminam em seu noticiário quando trata de temas sensíveis do nosso cotidiano. Sensibilidade, da parte dos órgãos de comunicação, que parece privilégio dos (digamos assim, ainda que com certa repulsa) empoderados, seja pelo dinheiro ou o que for. Diariamente as páginas vêm cheias de notícias sobre ilícitos cometidos por toda parte, sob as mais variadas formas. É longa a lista dos envolvidos, alguns com.fotografias, nome, endereço e outras informações pessoais abundantemente expostas. Outras, tendo preservadas semelhantes informações. Não é difícil, embora inaceitável, identificar os péssimos motivos dessa diferença de tratamento - a desigualdade. Por isso, famílias inteiras de pessoas que habitam a periferia das cidades, têm dificuldade em empregar-se, são pretas, têm baixa escolaridade e algum parente recolhido numa penitenciária; os pobres, portanto, são constrangidos e condenados de antemão. Mesmo sem a cabal manifestação do Poder Judiciário, suspeitos de ilicitudes assim caracterizados recebem a pecha infamante: bandidos é como os média os chamam, enquanto se esforçam ostensivamente em defender outros agentes de ilicitudes às vezes mais graves que as atribuídas aos pobres. Tudo do jeito de que gosta a elite. A isso se pode chamar, sem eufemismo, perversidade

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