Quase simultâneas, as duas notícias correram o País. Talvez sejam poucos os meios de comunicação ou redes (anti)sociais que as tenham deixado de incluir em suas mensagens. Com propósito meritório ou, o seu contrário, propagandístico. O mérito estará em lermos as matérias que, articuladas entre si, definem uma espécie de perfil de certo tipo de gente(?). Com a qual convivemos e teremos de conviver, até as parcas fazerem seu inevitável serviço. A propaganda refere-se ao uso do conteúdo das notícias, como exemplo a ser seguido por esse mesmo tipo de gente. No primeiro caso, a constatação de que foram 257, não 80, os tiros desferidos contra um músico, até matá-lo, na cidade do Rio de Janeiro. Apenas um equívoco, alegam os executores de Evaldo Rosa dos Santos. Ocorrida em abril de 2019, a execução continua a deixar sequelas, a última das quais a redução da pena de alguns dos militares envolvidos. A outra notícia informa que uma senhora, com 77 anos de idade, cometeu crime de injúria racista contra um preto, na porta da casa do Presidente da República. A anciã (mas nem tanto, como se saberá a seguir), fora até ali, deixar uma coroa de flores. Ela festejava com malvada ironia o estado de saúde do Presidente, hospitalizado em consequência de uma queda. Com a idade que tem e com certos costumes que parece adotar, a suposta anciã era uma das terroristas que invadiram a sede do Executivo. Sua jovialidade combina com o taco de beisebol que ela levou para o lugar, com certeza adquirido com parte da pensão que lhe é paga (R$ 14,5 mil) como herdeira de um militar do Exército. Nem precisa dizer que a mulher tem antecedente criminal. Se quiséssemos acrescentar outros fatos integrantes do perfil dos direitistas brasileiros, bastaria mencionar a manifestação de um desembargador do Paraná, em relação à execução de que foi vítima um petista (Marcelo Arruda), morto em um bar, quando festejava o aniversário de pessoa da família. Segundo o magistrado, Arruda era uma pessoa nefasta. Pronto! O desembargador acha isso e, assim sendo, a pena de morte pode ser aplicada àqueles em que ele vê vícios que, provavelmente, são os mesmos por ele cultivados. Uma forma de eliminar defeitos que atormentam sua cabeça malsã. Fora desse perfil estão as exceções.
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