Desde o final da ditadura, o Amazonas ensaiou renovar seu elenco político. Mesmo vinculados a velhas lideranças, surgiram jovens políticos que se julgava promissores. As previsões ligavam-se à crença de que, experimentados na política estudantil, não demoraria seu desembaraço dos laços com os que lhes deram atenção, oportunidade e patrocínio. A sedução das práticas populistas e antirrepublicanas, porém, foi mais forte. Muitos deles perderam-se no meio do caminho, cujas pedras lhes pareceram pesadas demais para remover. Amazonino Mendes e Arthur Neto são os exemplares mais antigos desse grupo. Depois, Marcelo Ramos seguiu o mesmo caminho. As pedras permaneciam as mesmas. O mais recente exemplo é Marcos Chico Preto. Erro de cálculo, esperteza demais (do tamanho daquela que come o dono, como dizia Tancredo Neves) ou vazio ideológico forçam agora o ex-deputado a pedir ao Poder Judiciário o que o partido a que está filiado lhe negou. Por isso, não foi avante sua pretensão de disputar o Senado. Já se pode prever seu nome na lista de candidatos à Câmara Municipal de Manaus, em 2024. No jogo do ludo, significa voltar algumas casas. Se for grato aos que o incensam, caberá ao Prefeito David Almeida arranjar uma boquinha para o amigo preterido. Mais que eu e tantos outros observadores metidos a analistas ou analistas de diploma e canudo, sabem eles mesmos. Os interessados nos cargos que nosso dinheiro pago e os que vivem de favores recíprocos.
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