A aprovação das chamadas escolas cívico-militares, pela Assembleia Legislativa de São Paulo deixou sua marca e, ao mesmo tempo, um presságio. Deu para ver cassetetes empunhados por policiais militares desabarem sobre o corpo dos estudantes que se opunham ao projeto. Nem se diga da contradição dos termos,quando um traço une dois conceitos incompatíveis entre si. Cívico deriva de civil (civilis) e justificou a campanha chamada civilista, liderada pelo jurista baiano Ruy Barbosa. Que os quartéis sejam mantidos cegamente apegados à disciplina, não vejo problema. Sobretudo quando esse conceito não é desvirtuado e acaba agredido, sempre que exceções ocorrem. Um oficial subalterno por exemplo, ser posto fora dos quadros por conduta comprometedora da imagem da corporação e depois chegar ao topo da hierarquia governamental. Pior - dando mostras frequentes de absoluta ignorância a respeito da civilidade. Levar tal disciplina para escolas de formação de jovens brasileiros, todavia, parece brincadeira de mau gosto. Ainda mais quando na mesma sessão que aprovou o infeliz projeto, foi dada ostensiva demonstração de violência. Nada mais coerente, porém, dada a folha corrida dos interessados na monstruosa pedagogia do porrete.
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