Chicana é o expediente usado pelo advogado que sente falecerem forças capazes de levar à absolvição de seus patrocinados. Por isso, acha sempre um jeito de torcer a legislação, "esquecer" a revogação de determinado dispositivos legais, discutir o foro que a legislação e a jurisprudência já fixaram. Quando não ocorre de eles mesmos, os advogados, serem objeto do mesmo processo que levou seu constituinte às barras do tribunal. Em casos que tais, esses atos protelatórios da decisão final funcionam como as UTIs dos hospitais. Providenciam-se aparelhos que garantem a sobrevida do paciente, na esperança de que algum milagre ocorra, não obstante a avalanche de provas cuja maioria ainda permanece em segredo. Este é o caso do ex-capitão excluído das forças e tornado inelegível. Os que o secam torcem para que o processo se prolongue, sem dar atenção ao esforço dos fanáticos para transforma-lo em mártir. Poderiam começar por oferecer-lhe uma tornozeleira cravejada de brilhantes, que o ditador da Arábia Saudita talvez se interessasse por fornecer. A coroa de espinhos viria depois. Sem cruz; com grades, apenas.
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