Outra guerra
De um amigo e eventual visitante deste blog, recebo interessante comentário. Refere-se ele às várias modalidades de guerra. A que se supõe combateria a covid-19 é diferente da que põe em confronto forças armadas inimigas. Só remotamente uma tem a ver com a outra. Nem por isso o governo brasileiro pôs Hipócrates à frente de Marte, para poupar a vida de 200 mil brasileiros, número de mortos a que não tardaremos a chegar. Daí a presença de um General-intendente, à frente do Ministério da Saúde. As duas frustradas tentativas de submeter a Ciência à pólvora esbarraram numa realidade insofismável: a guerra de médicos e equipes de saúde é o avesso da guerra entre forças militares, de países inimigos - diga-se para tornar mais claro o raciocínio. Uma busca assegurar a vida; a outra persegue o objetivo exatamente contrário. Mesmo assim, lembra-me o visitante do blog, imagine-se um exército em campo de batalha, esperando pelo alimento para a tropa, o armamento prometido, o transporte necessário, a munição indispensável! Se tudo isso não chega a tempo, na quantidade e no momento impostergável, qual o resultado a esperar? Pense-se, agora, para substituir os produtos envolvidos na guerra armada, em vacinas, seringas, pessoal treinado etc.