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Os miseráveis

Impossível ignorar ou deixar por menos os insultos desferidos contra o Papa Francisco, cujo corpo, ainda insepulto, é objeto da feroz e desumana agressividade de seus inimigos. Mesmo que a maior parte da população do mundo tenha revelado sua admiração e respeito a uma das personalidades mais marcantes do século XXI, isso não nos pode causar indiferença. É preciso, ao contrário, dar atenção àqueles que agridem os mínimos padrões civilizatórios, identificando-se com os animais de ordem inferior. É em indivíduos como esses que se vai encontrar a seiva que alimenta e dá força a políticas que só têm feito prosperar a desigualdade. Esta, apenas uma das muitas mazelas e formas de opressão sofridas pela maioria dos habitantes do Planeta. Mais grave, porém, é encontrar em comunidades que se proclamam cristãs indivíduos hostis à pregação e à conduta do sacerdote cuja morte é sentida e chorada pelo povo e autoridades de todos os continentes. Presas do preconceito e do ódio, esses fariseus contemporâneos desafiam não apenas os preceitos religiosos, eis que arriscam praticar crimes contra a honra e a imagem dos que se supõem a eles semelhantes. Francisco, o Papa renovador da Igreja e digno discípulo de Jesus, nunca se intimidou com a agressividade incontida de seus inimigos, acoitados sob o pálio do catolicismo ou de outras religiões ou seitas, mundo afora. Não por acaso, o cardeal Jorge Mário Bergoglio pontificou com o nome Francisco. Também não se fez de rogado, para exercer a missão religiosa e humana, sem perder a humildade herdada do Santo de Assis. Isso, mais que qualquer outro predicado ou virtude, fez dele um dos mais dignos e respeitáveis contemporâneos. Os outros, escondidos em sua própria miséria humana, sequer percebem quanto dignifica a trajetória do Papa Francisco tê-los como inimigos do jesuíta que cumpriu sua missão.


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