Chama-me a atenção qualquer contradição posta ao meu alcance. Reajo sempre com o desejo de encontrar as razões em que a contradição se sustenta. Não que tenha alguma coisa contra elas. Se o tivesse, estaria extrapolando todos os limites, eis que suponho ser o próprio universo, em sua organização e conformação, contraditório. Se há sol, é dia; se a lua brilha no alto, há luar. A dificuldade em lidar com os opostos e em entender a dinâmica que lhes preside as relações prejudica a compreensão de todos os fenômenos, físicos, tanto quanto sociais. A ciência, incansável buscadora de leis, muitas vezes leva à produção de leis e normas excludentes de contradições, mesmo se reconhecido o ambiente contraditório que as envolve. A expressão sensação térmica leva-me a questionar sobre a desatenção a ela (e ao que a justifica)dada, quanto à crise climática em escala planetária. A sensação, como a própria palavra o denuncia, já indica a percepção dos fenômenos de forma diversa daquela que as medidas proporcionam. Os instrumentos científicos até aqui usados para medir a temperatura e a umidade não captam a sensação experimentada pelos seres vivos, em relação às duas variáveis. São outras as formas de captar a sensação das pessoas. Então, quando alguém menciona a diferença entre temperatura e umidade ambiente, sem considerar o impacto e a consequência delas sobre o ser humano, pouco se terá feito. Porque afastada da preocupação dos estudiosos, em relação à humanidade, a vítima principal dos rigores climáticos será o próprio homem.
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