Orações e corações
- Professor Seráfico
- 29 de abr.
- 1 min de leitura
Leio de uma devota dos santos da Igreja, sua disposição de manter a imagem, a experiência e o exemplo do recém-falecido Papa Francisco em seu coração. É o Correio Brasiliense quem divulga essa profissão de fidelidade ao cardeal Jorge Bergoglio. Chama-se Neide Gentelini, é brasileira e mora em Londres a autora dessa expressão de confiança e memória. Agnóstico, não me parece desprezível deixar-me tocar e apreciar o significado de tão expressiva manifestação. Daí à escrita ora executada, apenas uma questão de segundos. Preciso deixar registrados minha admiração e meu apreço pelos que, confessando sua fé, levam-nos sempre a pensar na possibilidade de que o coração fale ao cérebro. E este transmita o sentimento processado pelo cérebro à ação dos que assim o dizem e ao conhecimento dos que, detendo-se na oração, esquecem do C mais forte que a vitamina correspondente à mesma letra. Mais que eu, têm sido os melhores representantes da Igreja de Cristo a dizê-lo: oração sem ação produz o mesmo resultado que chover no molhado. Ou enxugar gelo. Nada muda, se à oração não suceder ação correspondente aos supostos objetivos pelos quais se ora. Francisco(s) o de Assis e o da Casa Santa Marta o disseram. Sem se importar, nenhum dos dois, quem os ouvia – se sinceros devotos e seguidores, se agnósticos desgastados por décadas sucessivas de vida atarefada, ou até ateus, em quem o último Papa testemunha muitos de índole melhor a de muitos que passam a vida a orar.
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