Obviedade e justiça

Nada seria mais óbvio, agora, que a prestação de homenagem dos ditos representantes do povo amazonense ao Ministro Alexandre Morais. Da caneta dele veio a obrigação de permanecerem parcialmente os incentivos que mantêm a competitividade da zona franca de Manaus. Embora a iniciativa devesse partir dos maiores beneficiários do PIM, as razões que orientam suas ações e decisões não coincidem com as minhas. Menos, ainda com a dos trabalhadores de cujo suor resulta tanta riqueza produzida. Neste caso, os investidores, proprietários ou prepostos que os representam. Nem me causará qualquer surpresa ou decepção a leitura de carta de agradecimento desses agentes econômicos às autoridades responsáveis pela ação judicial de que trata a decisão do atual Presidente do Tribunal Superior Eleitoral. Para, passados alguns poucos meses, recrudescer o combate contra a economia amazonense e regional. Ou não, dependendo de quem for eleito. Para o Planalto ou o governo do Amazonas. Haverá - e para isso servem os lacaios e sabujos - quem atribuirá o mérito da MP à vontade dos atuais desgovernantes. Isso não apagará o sol, nem impedirá ver com máxima clareza quanto pode o voto popular. Também quão criminosa têm sido as agressões ao Poder Judiciário. Quem sabe alguns perceberão que nele está a garantia do Estado Democrático de Direito?!