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O significado da vitória de Trump

Logo surgirão as mais diversas interpretações da vitória de Donald Trump, na disputa pela Presidência dos Estados Unidos da América do Norte. Que ela representa enorme avanço da direita, em escala mundial, ninguém ousa discordar. Que cada dia se torna mais premente encontrar as razões pelas quais a sociedade humana parece mergulhada em profunda crise de valores, também. Analisar as possíveis e prováveis causas de Trump ter praticamente massacrado sua opositora e da necessidade de autocrítica até agora sequer ensaiada pelas esquerdas, não basta para salvar o Planeta. Com Trump, ninguém de boa fé o ignora, estaremos dia-a-dia caminhando por trilha perigosa - para os povos e para a própria casa que lhes é comum. Já não podemos assistir ao ex e futuro Presidente da nação mais poderosa e belicosa da Terra, como se os sofrimentos que ele tem patrocinado e financiado, mundo afora, nada tivesse a ver conosco. Cada um dos habitantes do Planeta, salvo os que compartilham os maus valores do recém-reeleito Presidente norte-americano, há de responder à ameaça em que ele se constitui. O primeiro passo da conduta resistente é submeter-se à crueza dos fatos, com a negativa de que a nação que ele já presidiu e se prepara para de novo conduzir, é uma democracia. Onde quer que o dinheiro seja o dono das cartas, o jogo jamais será realmente democrático. Quando muito, conseguirá ser um simulacro de democracia. Depois, é observar o BRICS, contra a qual logo se manifestará Trump. Porque ele também não ignora a crise por que passa a nação que governará pela segunda vez. São sobejas as razões por que não se pode acreditar que o reeleito abandone sua prepotência, seus preconceitos, suas ideias exageradamente egoísticas e sua inclinação golpista. Tudo isso, formatando sua imagem como essencialmente vinculada ao etos que o orienta. Nenhum dos gestos, decisões e atos de Trump indica que ele terá melhorado, ao longo dos quatro anos fora do poder maior estadunidense. A sociedade humana já experimentou outros períodos críticos, frequentemente acompanhados do declínio dos impérios. Se, nos países considerados isoladamente, até guerras contra um inimigo pretextado ou rebeliões internas alimentadas pela mentira, pelo ódio e a violência contra irmãos têm sido os expedientes usados para conservar os autoritários, em escala mundial o fenômenos também tem sido observado. Com nível de gravidade ainda maior. A guerra das Malvinas, o golpe militar-empresarial de 1964 no Brasil e, mais recentemente, os atentados contra o Capitólio e os três poderes da república brasileira não nos deixam mentir, Nem ficar indiferentes aos caminhos que levarão à hecatombe final.

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