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O que é pior?

Chegamos à pole-position na corrida mortal disputada na pista da covid-19. Diferente de Rubinho Barrichello, a pilotagem de nosso carro tem encontrado êxito, fazendo-nos derrapar e ser ultrapassados pelos demais concorrentes. Assim, já estamos à margem da pista oficial, sejam quais forem as consequências disso para a vida - multidão de condenados à morte, fazendo-a escassa a esta altura – da população. Às tristezas pelas perdas e ao sofrimento que as provocou, corresponde o júbilo da equipe do piloto. Disse-o, por exemplo mas não só, o regabofe da noite de 7 deste mês. Reuniram-se para tomar bons vinhos, trocar brindes, gargalhar à farta e – onde está a novidade? – proferir palavrões, os maiorais instalados no Poder, seja nos gabinetes mantidos com o dinheiro público, sejam os outros, também beneficiários do dinheiro que é de todos nós. Usado em vias transversas. Todos sabemos quanto têm concorrido para o êxito da pandemia no Brasil o governo, desde sua figura principal, até seu séquito em pavoroso cortejo. E conluio. Sabe-se, também, quanto à ignorância e aos ideais (?) transformados em decisão pode ser atribuída a perda de vidas prestes a alcançar 400 mil unidades. Nem por isso, as instâncias onde o assunto já deveria ser tratado com a seriedade que a situação exige, continuam a fingir ignorância. Tal processo vem da Presidência de Rodrigo Maia e permanece firme, a desafiar a tolerância do mais leniente cidadão brasileiro. Sequer se dá essa gente o trabalho de contar os mortos e avaliar o quê e quem mata mais. Ou há heranças apetitosas em questão?

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