Tudo indica encerrarem-se na próxima semana os trabalhos da CPI da covid-19. Nos últimos meses, além dos 600 mil mortos em grande parte produzidos por outras incidências, que não a letal virose, contaram-se episódios aparentemente inverossímeis. Da agressividade do vírus, pouco se sabia. Das trágicas consequências da pandemia que ele alimentaria, pouco a pouco foi-se sabendo. Até chegar-se à criação, produção e uso de vacinas, e não só uma. Jamais passaria pela cabeça de alguém no pleno uso de suas faculdades mentais, a hipótese de rejeição do único procedimento capaz de deter a disseminação da doença. Mais grave, quando a resistência e a recusa à vacinação é puxada por autoridades públicas. Pior que isso, só o fato de estarem instalados no centro do poder nacional os regentes do coro trágico. Passados mais uns poucos dias, inicia-se nova fase do embate entre a Vida e os negócios. Apostar todas as fichas na responsabizacão dos associados na temerária empresa será revelação de profundo desconhecimento da sociedade em que vivemos. Diante do que a experiência recente demonstra, mesmo os abundantes registros e provas colhidos pela CPI não têm assegurado sequer a transparência com que os fatos devem ser conhecidos por todos. Para obstar tal propósito, tem servido o carimbo-lápide do sigilo, da confidência, do segredo. Garantir resultado diferente, o empenho dos senadores - e não mais apenas os onze integrantes da Comissão - precisa continuar. Até que, na impossibilidade de ressuscitar as vítimas da infame safra, seja minorado o sofrimento de viúvos, órfãos, parentes e amigos dos mortos, e aliviada a dor de sabe quantos milhares de outros sequelados.
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Não sou pitonisa, mas me atrevo:
Tudo como dantes, no quartel de Abrantes