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O negócio e a morte

É diferente o sentimento de indignação diante da tragédia ocorrida dia 28 último, no Rio de Janeiro. Mais de 12 dezenas de pessoas foram mortas, depois de encurraladas e fuziladas na mata, pelas forças policiais. Todos os mortos cumpriam pena, condenados em processo judicial, a muitos sendo atribuída a filiação a uma das mais violentas facções que exploram o comércio das drogas proibidas. A diferença entre uns e outros dos indignados é determinada pela percepção do fenômeno e do nível e qualidade do interesse pelo grave problema. Desde Cesare Beccaria, a pena aplicada aos acusados e condenados buscava recupera-los e fazê-los retornar ao convívio social. Dizer que tal objetivo foi alcançado, ou está prestes a chegar a esse resultado, seria a mais agressiva e ousada mentira. Ao contrário, esse tipo de comércio ilegal tem atraído cada dia e por toda parte, maior número de interessados. Essa atração, todavia, é tópico raramente abordado, quando não aplaudido. Afinal, o lucro é dos mais atrativos, por isso muitos consideram legítimo obte-los, eles que cultuam e cultivam o sistema do mercado. Por que manter-se fora desse negócio, visto como algo semelhante a qualquer outro empreendimento econômico? Não são, porém, os investidores assim orientados que se apropriam dos lucros, embora sejam os primeiros a pagar com a vida sua inclusão nesse tipo de comércio.

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