Se prosperar e repercutir em outras nações, a decisão do júri norte-americano que incluiu Trump na galeria dos criminosos pode ter acendido uma fagulha. Aquela que, seguindo a linha incendiária, queimará muitos dos seus seguidores e - sejamos sinceros - cúmplices. Não que se trate de políticos distantes da marginalidade, mas exatamente porque seu desapego à boa reputação levou-os ao exagero de pensar que o poder no mundo moderno pode durar um milênio. É verdade que o projeto original não morreu de todo, tanto que volta ao cenário, recheado de ironia. A nação que perdeu seis milhões é quem produz, pela ação dos próprios governantes, a trágica reiteração. Tem sido pequena a diferença, nos países em que a ideologia da ultradireita chegou ao poder. Une-os o absoluto desprezo pela vida humana, a hostilidade à Ciência, a zombaria diante da tragédia, a entrega a práticas negacionistas e desinteressadas na saúde, a rejeição à mudança social. Enriquecido o elenco desta com a crise ambiental de que não falta exemplo em qualquer lugar na Terra. Não obstante, parece crescer certo sentimento afinado com o negacionismo, não importa onde. Como se o processo chamado civilizatório não tivesse outro caminho, se não o arquivamento de teses e propostas propícias ao desenvolvimento integral dos seres humanos e a assunção de compromissos fundados em valores contraditórios aos que aparentam animar a direita mundial. Por isso, o ladrar dos cães ainda atrai e seduz atenciosos e fanáticos ouvintes.
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