O centrão como régua
- Professor Seráfico
- 17 de jan. de 2022
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As dificuldades enfrentadas por Boris Johnson dão bem a medida e a forma como os chamados conservadores governam. Tão negacionista como alguns de seus colegas de países espalhados pelos continentes, o Primeiro-Ministro do Reino Unido corre o risco de ser destituído. Tudo dentro do ritual próprio ao sistema parlamentarista. Esboroa-se, agora com vigor ainda não experimentado por ele, o que restava da confiança em seu governo. Antes, a saída da União Europeia já trouxera problemas para o governante britânico. A vitória do Brexit revelou-se logo um tiro no pé. Mesmo assim Johnson conseguiu resistir e permanecer na Chefia do Gabinete. Agora, ele soma ao negacionismo conhecido outras condutas próprias aos que comungam de sua trágica ideologia. No caso dele, o puritanismo característico dos falsos, a mentira e a desfaçatez servindo de base a sua ação e decisão políticas. Um vitorianismo pós-Vitória, alimentado por sentimento também inspirador dos (des) governos de outras nações. Lá, porém, o sistema defenestra os maus governantes com relativa facilidade. No presidencialismo, todavia, os mecanismos são mais complexos, a tal ponto que o Parlamento exerce papel preponderante, quanto menor a seriedade com que se comporta a maioria de seus membros. O centrão não me deixa mentir.
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