Insinua-se já, tema instigante a entreter grupos crescentes de estudiosos das ciências humanas, desde a Filosofia. Refiro-me a uma das mais sentidas consequências da pandemia, a juntar-se às sequelas registradas pela Medicina. O comprometimento de importantes órgãos do corpo humano, identificado por profissionais de diversas especialidades, é apenas parte dos problemas que covid-19 lega à sociedade, no mesmo nível pandêmico. Temos lido e ouvido sobre doenças que afetam os rins, os pulmões, o coração, o sistema motor dos infectados. Acredita-se que muita coisa há a identificar, correspondendo ao maior conhecimento da virose. Só isso ajudará a fazer da covid-19 uma enfermidade controlada, como o é uma extensa lista de doenças. A questão que emerge neste momento tem a ver com as restrições impostas às pessoas, como forma de deter o avassalador avanço da covid-19. Vem da área das ciências humanas a preocupação com o isolamento, por si mesmo agressivo ao gregacionismo inerente à condição humana. Alhear-se em relação ao problema corresponderia ignorar o que se sabe desde a Antiguidade. O homem só o é por força do convívio com seus iguais. Forçado a interromper esse convívio, abre-se a oportunidade para o surgimento de males de ordem psíquica e social, como se vem registando há quase dois anos, em escala mundial. Mais grave, no entanto, é a postura negacionista, incapaz de enxergar aonde não se apresentem oportunidades de ganhos materiais, mesmo se estes não tenham servido de nada aos faraós embalsamados.
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