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NOTA AOS BRASILEIROS - ARMA NÃO É BRINQUEDO!

Cedo hoje este espaço, pela importância da nota emitida pela Sociedade Brasileira de Pediatria, filiada à Associação Médica Brasileira. Duas, no mínimo, as razões para faze-lo: 1ª. a certeza de que ínfima minoria de médicos brasileiros prefere Mengele a Hipócrates. 2ª. a solidariedade e o apoio que agora presto aos pediatras, que acrescentam às suas legítimas preocupações com a saúde física das crianças, seus cuidados com a formação de seres humanos dignos deste nome.


SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA (Filiada à Associação Médica Brasileira)


Diante da divulgação, nesta quinta-feira (30), de imagens em que o presidente da

República, Jair Bolsonaro, aparece com uma arma de brinquedo em punho ao lado de uma criança vestida de soldado, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) reitera a importância de a população, em especial autoridades e personalidades públicas, respeitarem a legislação que exige a proteção dos direitos dessa faixa etária.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) garante à criança e ao adolescente o direito

ao respeito, que consiste na inviolabilidade da sua integridade física, psíquica e moral,

abrangendo, entre outros aspectos, a preservação de sua imagem e valores. Além disso,

estabelece como dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.

Vale lembrar, também, dos efeitos negativos que as armas de brinquedo surtem sobre o

desenvolvimento e a construção do caráter enquanto cidadão do futuro. Ao contrário dos adultos, elas são incapazes de distinguir entre uma arma real e armas de brinquedo. Estudo recente mostrou que quase 60% dos integrantes de um grupo de crianças com idades entre 7 e 17 anos não souberam distinguir armas reais de armas de brinquedo. Não é por acaso que a cada 60 minutos uma criança ou adolescente morre em decorrência de ferimentos por arma de fogo no Brasil.

Neste sentido, a SBP lamenta que cenas como as exibidas às vésperas do Mês da

Criança sejam cada vez mais frequentes. Não se trata de uma discussão ideológica ou sobre a liberdade da posse, ou não, de arma pelos adultos. O que está em jogo é a vida e a integridade física e emocional de milhares de crianças e adolescentes. Por isso, os pediatras conclamam as autoridades para uma profunda reflexão sobre os efeitos destas ações de mídia e de marketing, que devem se basear na legislação e na ética, e nunca serem maiores que o compromisso com a dignidade da população brasileira.

Rio de Janeiro (RJ), 30 de setembro de 2021.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA

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1 commentaire


swolffgeo
07 oct. 2021

é de pequenino que se torce o pepino.

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