Pode ser que aconteça mas eu não tenho conhecimento. Em algum outro lugar do Mundo, uma proclamada república, obrigatoriamente regida pela democracia, não pode permitir o que ocorreu de 2019 a 2022 no Brasil. Mesmo depois do vergonhoso convescote de 20 de abril de 2020 no Planalto, ainda havia quem pusesse em dúvida as intenções do então Presidente da República. Como se antes algum juízo razoável fosse possível, diante da folha corrida da mesma personagem.
Sua passagem pelas forças armadas marcou-se pelo conceito que dele tinha o general-ditador Ernesto Geisel. Segundo o sucessor de Garrastazu Medici, o então tenente excluído e promovido a capitão é um mau caráter. Pois tudo isso era do conhecimento de todos, especial e mais precisamente, pela corporação que o preferiu fora dos quartéis, mesmo à custa de comprometer a respeitabilidade corporativa de que desfrutava. O que se tem descoberto a respeito da trajetória dessa trágica e patética figura não é senão desdobramento da leniência ou cumplicidade que a ele sempre beneficiou. Quando dizia, e o disse com enorme frequência, sobre seu exército ou outras organizações como Polícia Federal e ABIN, ele apenas deixava transparente a ignorância e a brutalidade que são suas mais destacadas características. Para ele, as forças armadas deveriam comportar-se como uma guarda pretoriana, à moda do que o ditador François Duvalier fez no Haiti. Talvez valha a pena, quanto a esse particular aspecto, investigar a influência advinda daquele país centro-americano, onde boa parte dos militares que o cercavam e protegiam, aprenderam e trouxeram costumes de lá. Pelo menos, à época do Papa Doc e seus Tonton-Macoute.
Comments