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Nojo e pena – além, ânsia de vômito

A mais recente (a última nunca se sabe quando virá) sandice divulgada pelos fanáticos do Presidente da República beira à surrealidade. Se não é sandice, é revelação de imensa e abissal desonestidade: Lula, se eleito, poria os tanques na rua. A não ser tanques de lavar roupa em suas variadas apresentações, essa é hipótese que, por absurda (tanto quanto abjeta) só pode ser atribuída à desavergonhada hostilidade contra o bom senso e a inteligência das pessoas. Luís Inácio Lula da Silva governou o Brasil durante oito anos e não se pode atribuir a ele nenhum dos atos que o governo atual se esmera por praticar, dia-após-dia. Mesmo quando apresentou propostas polêmicas (qual não o é, se democrático é o sistema?), não fez delas cavalo-de-batalha. O maior exemplo talvez seja o controle social da comunicação, rejeitado pelos senhores dos media, ainda que um refresco, se comparado com as práticas atuais. É neste (des) governo que se avoluma a perseguição a jornalistas, de que dão conta sucessivos levantamentos divulgados sobretudo no exterior. Também é o (des)governo atual quem retalia órgãos de comunicação que se negam a apoiar as agressões à democracia e às instituições republicanas. Daí, dentre outras, as causas de a imagem internacional do Brasil ter passado a motivo de chacota e pilhéria, no chamado concerto internacional. Também não foi no governo Lula, nem mesmo no de Dilma Rousseff, que o Presidente da República levou para a frente do comando do Exército seus ensandecidos apoiadores, na tentativa de golpear as instituições republicanas de um Estado Democrático de Direito. Os divulgadores das sandices desprezam a memória e a inteligência dos contemporâneos, ao apagar da história recente do Brasil os atentados contra o Supremo Tribunal Federal, sobre o qual foram lançados rojões, na tentativa de acovardar seus integrantes. Nem é preciso dizer que para lá têm sido mandados os paus com que o (des) governo atual pretende construir a jangada para derrubar a resistência às ofensas praticadas contra a Constituição. Ainda nem lançada oficialmente a chapa que o humorista José Simão chama ensopado de lula com chuchu, os arraiais governistas mostram o tom da campanha eleitoral. Que o candidato se preocupe com o resultado do pleito – nada há de mais normal. Há que analisar, porém, as consequências por ele produzidas. Se reeleito, o Presidente da República permanecerá impune e agravará a situação do País, que os números oficiais dizem a quantas anda. Inflação, preço dos combustíveis, mortes pela covid-19 e ações e omissões relacionadas à pandemia, desemprego, grau de inadimplência das famílias, baixos índices de vacinação, destruição ambiental – precisa dizer mais? ´É verdade estarem sendo deixados de fora, aqui, certos aspectos que não convém mencionar, porque são mais assuntos de polícia que da política: as rachadinhas, a intimidade com milícias, o tráfico de influência, o uso de dinheiro público para assegurar acumpliciamento, a escolha de auxiliares segundo critérios religiosos e grau de terribilidade...e muito mais. Também não menciono o calão em que se expressa essa gente. Meu sentimento oscila entre o nojo e a pena. Interrompo, por sentir ânsias de vômito.

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