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Nem tanto ao mar...

Por mais que se esforcem em mostrar-se defensores (ou. pelo menos, respeitadores) da democracia, certos profissionais das comunicações dificilmente conseguem alcançar êxito nesse propósito. Ainda agora, ouvem-se restrições e críticas à conduta do Ministro Alexandre Moraes, em relação aos fatos que o envolveram, como vítima, no aeroporto de Fiumicino, em Roma. Agredido verbalmente por um casal e tendo seu filho adolescente fisicamente agredido, o Presidente do TSE vem sendo tomado como demasiado rigoroso, porque determinou a busca e apreensão de documentos e equipamentos de propriedade de seu agressor. Mesmo mantida sob sigilo, a apuração dos fatos delituosos há de levar em conta não apenas o fato que as câmeras instaladas no aeroporto romano captaram, Nem pode ser esquecida a circunstância de ser o mesmo Alexandre Moraes o Presidente das investigações sobre os atos terroristas de 08 de janeiro, em Brasília. Mais que qualquer outro de seus colegas do STF, ele tem suficiente experiência e discernimento para manejar as informações e relacioná-las entre si. Ainda mais quando sob os seus cuidados está a apuração das fake-news que infestaram o País, desde 2019. Do agressor-chefe sabe-se da filiação ao mesmo partido do ex-capitão enxotado das forças armadas, pelo qual concorreu a uma das prefeituras do interior de São Paulo. Não se pode apostar - como tentado por alguns jornalistas - que Mantovani está dizendo a verdade, nas poucas declarações até agora dadas em entrevistas que os media têm publicado. Exigir que seja rigorosamente obedecido o devido processo legal e, por isso, absolutamente respeitado o direito à ampla defesa dos investigados é desejável e justamente exigível. Tentar excluir a probabilidade de levar a fundo as investigações, que a relação estabelecida entre o fato sob suspeita e outros, todos concorrendo para o mesmo objetivo, é inadmissível. Cheira a aplauso e cumplicidade com o delito de que se fala. O objetivo, que muitos podem ver como similar ao que buscam os terroristas, é intimidar ou gerar pânico na autoridade investigadora, ainda mais quando inclui seus familiares dentre os atacados. Soa a pilhéria, por si só justificativa de punição, a alegação de que a destruição dos óculos do filho do Ministro deveu-se ao fato de que o agressor esbarrou no adolescente. O próprio líder do delinquente sob investigação já atribuiu ao conjunto de sua obra todas as iniciativas do Ministério Público, da Polícia Federal e do Poder Judiciário que arriscam pô-lo atrás das grades. Essa confissão justifica averiguar fatos atribuíveis a qualquer de seus liderados, cuja obra em conjunto pode revelar mais que ações isoladas. Também valerá sempre a pena conhecer o conjunto da obra de todos. A reprodução da frase que Teori Zavaski imortalizou: cada pena puxada traz com ela uma galinha inteira. Puxem-se, portanto, todas as penas. Apliquem-se-nas as que couberem, depois. Sem erros processuais, propositais ou não. Para que o próprio Poder Judiciário não as possa revogar mais tarde.

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