Leem-se notícias, entrevistas, comentários e desmentidos em torno dos atos criminosos praticados por membros da segurança pública do Estado do Rio de Janeiro. A primeira constatação reforça a suspeita de que boa parte da criminalidade tem sua origem no aparelho estatal. Mais especificamente, no sistema criado e mantido para combater o crime e dar paz á população fluminense. Aspecto que, mandam a prudência e a honestidade dizer, não está ausente dos órgãos similares das demais unidades da Federação. Das inúmeras informações colhidas, chama mais atenção a nota expedida pelo governador Cláudio Castro. Refere-se ela, especificamente, à tramóia arquitetada para envolver o prefeito Eduardo Paes em algum dos variados crimes cometidos por policiais fluminenses. Se isso será provado ou não, opinar sobre isso não cabe agora nem aqui. O destaque à nota do governador é o que mais interessa, pelo que ela contém de ofensiva. Primeiro, pelo alheiamento de seus termos em relação aos crimes de que os policiais são acusados. Depois, porque os supostos bons resultados na segurança da população do Rio de Janeiro são usados como álibi. Pragmatismo que, se confirmada a qualidade dos resultados ou não, é intolerável. Quando aceitarmos que os fins justificam os meios, o que mais restará esperar?
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